O conceito de dialética nos veio do gregolinguagem, onde esta palavra denotava a capacidade de raciocinar e discutir, elevada à categoria de arte. Atualmente, a dialética se refere a tal aspecto da filosofia que trata do desenvolvimento, diferentes aspectos desse fenômeno.
Inicialmente, havia uma dialética na formadiscussões entre Sócrates e Platão. Esses diálogos se tornaram tão populares entre as massas que o próprio fenômeno da comunicação para convencer o interlocutor tornou-se um método filosófico. Formas de pensamento no âmbito da dialética em diferentes épocas correspondiam ao seu tempo. A filosofia em geral, a dialética em particular, não fica parada – o que se formou na antiguidade ainda está se desenvolvendo, e esse processo está sujeito às peculiaridades, realidades do nosso cotidiano.
Princípios da dialética como ciência materialistaconsistem em determinar os padrões pelos quais os fenômenos e objetos se desenvolvem. A principal função de tal direção científica filosófica é metodológica, necessária para a compreensão do mundo no âmbito da filosofia, da ciência em geral. O princípio-chave deve ser chamado de monismo, ou seja, a declaração do mundo, objetos, fenômenos que têm uma única base materialista. Essa abordagem considera a matéria como algo eterno, imperecível, primário, mas a espiritualidade é relegada a segundo plano. Nenhum princípio menos significativo é a unidade do ser. A dialética admite que através do pensamento uma pessoa pode conhecer o mundo, refletir as propriedades do meio ambiente. Esses princípios são agora a base não apenas da dialética, mas de toda a filosofia materialista.
A dialética exige considerar o universalconexão, reconhece o desenvolvimento dos fenômenos mundiais como um todo. Para entender a essência da conexão geral da sociedade, características mentais, natureza, é necessário estudar cada uma das partes constituintes do fenômeno separadamente. Essa é a principal diferença entre os princípios da dialética e a abordagem metafísica, para a qual o mundo é um conjunto de fenômenos que não estão interligados.
O desenvolvimento universal reflete a essência do movimento da matéria,desenvolvimento independente, a formação de um novo. No que diz respeito ao processo de cognição, tal princípio declara que fenômenos, objetos devem ser estudados objetivamente, em movimento e movimento independente, em desenvolvimento, autodesenvolvimento. O filósofo deve analisar quais são as contradições internas do objeto em estudo, como elas se desenvolvem. Isso permite que você determine quais são as fontes de desenvolvimento, movimento.
A dialética do desenvolvimento reconhece que todos osobjetos são baseados em opostos, baseia-se no princípio de contradições, unidade, a transição da quantidade para a qualidade. Já na antiguidade, os pensadores, atraídos pela ideia do cosmos, representavam o mundo como uma espécie de todo calmo, dentro do qual são contínuos os processos de formação, mudança e desenvolvimento. O cosmos parecia ser mutável e calmo. No nível geral, a variabilidade é bem visualizada pela transição da água para o ar, da terra para a água, do fogo para o éter. Nessa forma, a dialética já era formulada por Heráclito, que provou que o mundo como um todo é calmo, mas cheio de contradições.
Postulados importantes da dialética, as ideias principais desteseções de filosofia logo foram apresentadas por Zenão de Elea, que sugeriu falar sobre a inconsistência do movimento, a oposição das formas de ser. Nesse momento, surgiu a prática de contrapor pensamentos e sentimentos, pluralidade, unidade. O desenvolvimento dessa ideia é observado nas pesquisas dos atomistas, das quais Lucrécio e Epicuro merecem atenção especial. Eles consideravam a aparência de um objeto de um átomo como uma espécie de salto, e cada objeto era o dono de uma certa qualidade que não era característica de um átomo.
Heráclito, os eleatas lançaram as bases paradesenvolvimento da dialética. Foi a partir de suas invenções que se formou a dialética dos sofistas. Saindo da filosofia natural, analisaram o fenômeno do pensamento humano, buscaram o conhecimento, utilizando para isso o método da discussão. No entanto, com o passar do tempo, os adeptos de tal escola exageraram a ideia original, que se tornou a base para a formação do relativismo e do ceticismo. No entanto, do ponto de vista da história da ciência, esse período foi apenas um período curto, um ramo adicional. A dialética básica, que considerava o conhecimento positivo, foi desenvolvida por Sócrates e seus seguidores. Sócrates, estudando as contradições da vida, instou a buscar aspectos positivos no pensamento inerente ao homem. Ele se propôs a compreender as contradições de modo a descobrir a verdade absoluta. Erística, disputas, respostas, perguntas, teoria coloquial - tudo isso foi introduzido por Sócrates e subjugou a filosofia antiga como um todo.
As ideias de Sócrates foram ativamente desenvolvidas por Platão.Foi ele que, mergulhando na essência dos conceitos, das ideias, propôs classificá-los como realidade, algumas de sua forma especial e única. Platão instou a perceber a dialética não como um método de dividir um conceito em aspectos separados, não apenas como uma maneira de buscar a verdade por meio de perguntas e respostas. Em sua interpretação, a ciência era o conhecimento das coisas que são relativas e verdadeiras. Para alcançar o sucesso, como Platão exigia, aspectos contraditórios devem ser reunidos, formando um todo comum a partir deles. Continuando a promoção dessa ideia, Platão emoldurou suas obras com diálogos, graças aos quais ainda hoje temos diante de nossos olhos exemplos impecáveis da dialética da antiguidade. A dialética do conhecimento através das obras de Platão também está disponível aos pesquisadores modernos em uma interpretação idealista. O autor considerou repetidamente o movimento, o repouso, o ser, a igualdade, a diferença, e interpretou o ser como separação, contradizendo-se, mas coordenado. Qualquer objeto é idêntico para si mesmo, para outros objetos também, está em repouso em relação a si mesmo, em movimento em relação aos outros.
O próximo estágio no desenvolvimento das leis da dialética está conectadocom as obras de Aristóteles. Se Platão trouxe a teoria ao absolutismo, então Aristóteles a combinou com a doutrina da energia ideológica, potência e a aplicou a formas materiais específicas. Este foi o impulso para o desenvolvimento da disciplina filosófica, lançou as bases para a compreensão do cosmos real ao redor da humanidade. Aristóteles formulou quatro causas - formalidade, movimento, propósito, matéria; criou uma doutrina sobre eles. Através de suas teorias, Aristóteles conseguiu expressar a unificação de todas as causas em cada objeto, de modo que no final elas se tornam inseparáveis e idênticas à coisa. Segundo Aristóteles, as coisas capazes de movimento devem ser generalizadas em suas formas individuais, que é a base para o automovimento da realidade. Esse fenômeno é chamado de motor primário, pensando independentemente, pertencendo simultaneamente a objetos, sujeitos. O pensador levou em conta a fluidez das formas, o que possibilitou entender a dialética não como conhecimento absoluto, mas como possível, até certo ponto provável.
As leis básicas da dialética determinam o desenvolvimento.A chave é a regularidade da luta dos opostos, a unidade, bem como a transição da qualidade para a quantidade e vice-versa. É necessário mencionar a lei da negação. Através de todas essas leis, pode-se perceber a fonte, a direção do movimento, o mecanismo do desenvolvimento. Costuma-se chamar de núcleo dialético a lei que declara que os opostos entram em conflito uns com os outros, mas ao mesmo tempo estão unidos. Decorre da lei que todo fenômeno, objeto é simultaneamente preenchido por dentro de contradições que interagem, se unem, mas se opõem. De acordo com a compreensão da dialética, o oposto é tal forma, um estágio em que há características, qualidades, tendências específicas que se excluem, negando-se mutuamente. A contradição é a relação das partes que se opõem, quando uma a outra não apenas exclui, mas também é condição de sua existência.
A essência formulada da lei básica da dialéticaobriga a analisar as relações mútuas por meio de uma metodologia lógica formal. É necessário proibir as contradições, excluir o terceiro. Isso se tornou um certo problema para a dialética em um momento em que as contradições estudadas pela ciência precisavam ser alinhadas com as abordagens epistemológicas, ou seja, a doutrina que considera o processo de cognição. A dialética material saiu dessa situação elucidando a relação entre o lógico, o formal e o dialético.
Contradições que são colocadas na base das leisdialética, devido à comparação de enunciados que têm significados opostos entre si. Na verdade, eles indicam o fato de que existe algum problema, sem entrar em detalhes, mas são o ponto de partida para o processo de pesquisa. A dialética na especificidade das contradições inclui a necessidade de identificar todos os elos intermediários da cadeia lógica. Isso é possível ao avaliar o grau de desenvolvimento do fenômeno, determinando as interconexões das contradições internas e externas. A tarefa do filósofo é determinar que tipo de determinado fenômeno está sendo estudado, se pode ser chamado de contradição principal, ou seja, expressando a essência do objeto, a principal ou não. Na dialética, a contradição está enredada em conexões.
Em suma, dialética na compreensãodos nossos contemporâneos é um método de pensamento bastante radical. O neo-hegelianismo, do qual um dos representantes proeminentes é F. Bradley, clama pela separação da dialética, da lógica formal, aponta para a impossibilidade de substituir uma pela outra. Defendendo sua posição, os filósofos atentam para o fato de que a dialética é fruto das limitações de uma pessoa, reflete a possibilidade de pensar que difere do lógico, formal. Ao mesmo tempo, a dialética é apenas um símbolo, mas não diferente em estrutura e forma de pensamento, que outros chamam de divina.
Uma característica distintiva de nossa vida cotidiana éabundância de contradições, repetições, negações. Isso leva muitos a aplicar o método da dialética aos processos cíclicos observados pelo homem no espaço circundante. Mas as leis desta área da filosofia são tais que limitam significativamente o escopo do fenômeno. Tanto a reprodução quanto a negação, como decorre da dialética, podem ser consideradas estritamente no nível das características opostas de um objeto particular. É possível falar de desenvolvimento apenas no caso em que as características iniciais opostas são conhecidas. É verdade que identificá-los no estágio inicial é um problema considerável, pois os aspectos lógicos são dissolvidos em premissas históricas, retornos, negações muitas vezes refletem apenas o resultado de um fator externo. Conseqüentemente, a semelhança em tal situação nada mais é do que externa, superficial e, portanto, não permite a aplicação dos métodos da dialética ao objeto.
Um desenvolvimento impressionante do fenômeno, a teoria queessa dialética estava associada ao trabalho em que os seguidores do estoicismo estavam trabalhando. Marcos particularmente importantes são as obras de Clean, Zeno, Chrysippus. Foi por meio de seus esforços que o fenômeno se aprofundou e se expandiu. Os estóicos analisaram as categorias de pensamento e linguagem, que se tornaram uma abordagem fundamentalmente nova para o movimento filosófico. A doutrina da palavra criada naquela época era aplicável à realidade circundante, percebida pelo logos, do qual nasce o cosmos, cujo elemento é o homem. Os estóicos consideravam tudo ao seu redor como uma espécie de sistema unificado de corpos, razão pela qual muitos os chamam de materialistas em maior medida do que qualquer uma das figuras anteriores.
Sobre como formular que isso é uma dialética,Plotino, Proclo e outros representantes da escola do neoplatonismo pensaram mais de uma vez. Através das leis e ideias desta área da filosofia, eles entenderam o ser, sua estrutura hierárquica inerente, bem como a essência da unidade, combinada com a separação por números. Números primários, seu conteúdo qualitativo, o mundo das ideias, a transição entre as ideias, a formação dos fenômenos, a formação do cosmos, a alma deste mundo - tudo isso é explicado no neoplatonismo por meio de cálculos dialéticos. As opiniões dos representantes desta escola refletiam amplamente as previsões sobre a morte iminente do mundo que cercava as figuras antigas. Isso é perceptível no misticismo que dominava o raciocínio daquela época, a sistemática, a escolástica.
Durante a Idade Média, a dialéticauma seção filosófica estritamente subordinada à religião e à ideia de um deus. De fato, a ciência tornou-se um aspecto da teologia, tendo perdido sua independência, e seu eixo principal naquele momento era o absoluto do pensamento promovido pela escolástica. Os adeptos do panteísmo seguiram um caminho ligeiramente diferente, embora suas visões de mundo também sejam, em certa medida, baseadas nos cálculos da dialética. Os panteístas equiparavam Deus à natureza, que fez do sujeito que organizou o mundo e o universo, o princípio do movimento independente inerente a tudo ao nosso redor. Particularmente curiosos a esse respeito são os trabalhos de N. Kuzansky, que desenvolveu idéias dialéticas como uma teoria do movimento perpétuo, apontando para a coincidência do oposto, mínimo, com o máximo. A unidade dos opostos é uma ideia ativamente promovida pelo grande cientista Bruno.
Diferentes esferas de pensamento durante este período foramsubordinada à metafísica, ditada por seus pontos de vista. No entanto, a dialética é um aspecto importante da filosofia moderna. Isso pode ser percebido, em especial, a partir das afirmações de Descartes, que promoveu a teoria de que o espaço ao nosso redor é heterogêneo. Decorre das conclusões de Spinoza que a própria natureza é sua própria causa, o que significa que a dialética se torna necessária para a realização da liberdade: compreensível, incondicional, irrevogável, não passível de exclusão. As ideias, cuja aparência se deve ao pensamento, refletem na verdade as conexões das coisas, ao mesmo tempo em que é categoricamente inaceitável considerar a matéria como uma espécie de inércia.
Considerando as categorias da dialética, importanteconclusões são feitas por Leibniz. Foi ele quem se tornou o autor de uma nova doutrina, que dizia que a matéria é ativa, ela mesma fornece seu próprio movimento, é um complexo de substâncias, mônadas, refletindo diferentes aspectos do mundo. Leibniz foi o primeiro a formular uma ideia profunda de dialética, dedicada ao tempo, ao espaço e à unidade desses fenômenos. O cientista acreditava que o espaço é a existência mútua de objetos materiais, o tempo é a sequência desses objetos um após o outro. Leibniz tornou-se autor de uma profunda teoria da dialética contínua, que considerava as estreitas conexões entre o que aconteceu e o que se observa no momento.
Filosofia clássica alemã em performanceKant se baseia no conceito de dialética, que ele percebe como o método mais universal de consciência, cognição e teorização do espaço circundante. Kant percebeu a dialética como uma forma de expor as ilusões inerentes à mente, devido ao desejo de conhecimento absoluto. Kant falou mais de uma vez sobre o conhecimento como um fenômeno baseado na experiência dos sentidos, fundamentada pela razão. Conceitos racionais superiores, seguindo Kant, não possuem tais características. Consequentemente, a dialética permite chegar a contradições, que são simplesmente impossíveis de evitar. Tal ciência crítica tornou-se a base para o futuro, possibilitou perceber a mente como um elemento inerente às contradições, e não será possível evitá-las. Tais reflexões deram origem à busca de métodos para lidar com as contradições. Já com base na dialética crítica, formou-se uma positiva.
Como muitos teóricos de nossatempo, foi Hegel quem se tornou o autor da doutrina que ocupou o pináculo do quadro dialético. Idealista, Hegel foi o primeiro em nossa comunidade a ser capaz de expressar espiritual, material, natureza e história através do processo, formulando-os como um só e em constante movimento, desenvolvimento e mudança. Hegel tentou formular as conexões internas do desenvolvimento, do movimento. Como dialético, Hegel despertou a admiração ilimitada de Marcos e Engels, como decorre de suas numerosas obras.
A dialética de Hegel engloba, analisaa realidade como um todo, em todos os seus aspectos e fenômenos, incluindo lógica, natureza, espírito, história. Hegel formulou uma imagem plena e significativa em relação às formas de movimento, dividiu a ciência em essência, ser, conceito, considerou todos os fenômenos em contradição consigo mesmos e também formulou as categorias da essência.